sábado, 18 de julho de 2009

TIPOS DE CACHAÇA

Os bons apreciadores da “caninha” consideram uma ofensa à “marvada” quando alguém trata aguardente ou pinga como sinônimo de cachaça. Aguardente é qualquer destilado, o que inclui, como exemplo, a vodca, o gim, o run, a tequila ou o uísque. Para eles, pinga é apelido. O nome correto seria cachaça.



Porém, para os mais radicais, a “cachaça industrializada” é apenas aguardente de cana. A palavra “cachaça” é apenas utilizada para a aguardente de cana produzida artesanalmente.



A legislação brasileira atual (decreto nº 4.072, de 2002) define aguardente de cana como sendo toda bebida obtida do destilado alcoólico simples de cana-de-açúcar ou pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar, com graduação alcoólica variando entre 38% e 54% em volume (v/v), a 20º C. Já a cachaça é definida como uma aguardente de cana de fabricação típica e exclusivamente brasileira, também a partir do mosto fermentado, com graduação alcoólica mais controlada (de 38% a 48% v/v, a 20ºC).



A diferença entre a cachaça artesanal e a aguardente de cana também está no processo de produção. A cachaça artesanal é elaborada em alambiques de cobre, tem colheita manual e processo de fermentação artesanal ou caipira, que pode levar de 15 a 30 horas. Já a aguardente de cana é produzida nas grandes indústrias, em alambiques de aço inox, a colheita é feita com máquinas e o processo de fermentação é químico, de apenas seis horas. A fermentação artesanal acontece de forma espontânea, a partir da cana-de-açúcar moída, e a fermentação caipira utiliza agentes catalisadores naturais, como o farelo de trigo, o arroz, a soja ou o milho.


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